"Onde vou descansar minha asa"? É o que pergunta Paulinho da Viola na música "viver sem amor".
Onde você anda descansando "sua asa"? A meses não observo as minhas, a meses não as uso. A meses ando tropeçando nas pessoas e não dando muita conta de quem está em minha volta. Caminho para os lugares sem olhar para os lados, miro uma direção e vou até lá.
Desanimo? Nem sei ao certo. É uma leve melancolia. Como uma brisa gelada que passa por mim. Os dias cada vez mais longos e pesados.
Quantos dias, meses ou até anos você não dá um vôo por aí? Enche os pulmões de ar e fica planando pela cidade admirando as pessoas, os prédios, o mar que cisma em chamar sua atenção com o barulho das ondas e você nem dá a menor atenção?
Andar é tão mais fácil. Você traça metas e as segue. Nem é preciso fazer igual Maria e João que deixam migalhas de pão pelo caminho, você já o conhece de cor. Que triste tudo isso, não? Pelo menos para mim é. Sabe uma sensação de ser um robô? Alguém pega o controle e o aponta para você. E você obedece. E assim mais um dia se foi.
Precisamos de mudanças? Precisamos...mas quem tenta desatar os nós? Lembra que na festa de fim de ano você prometeu que tudo seria diferente? Brindou com os amigos, e além deles tinha a lua como testemunha e pouca coisa mudou. né? Esse ano para mim não teve lua, a chuva substituiu a lua como testemunha mas todos nós sabemos que água não volta, será que por isso o ano anda tão estranho? Tudo escorrendo pelos nossos dedos?
Os livros de filosofia nos pedem para viver o presente. Como isso é difícil. Cada dia percebo que fui programado para viver o futuro. E no presente fica essa leve melancolia com minutos de euforia que logo passa. Mania de futuro é para pessoas que gostam de controlar tudo, e infelizmente sou assim.
Se fizer uma lista de coisas que faltam provavelmente seria igual a sua: apartamento num bairro legal, emprego que pague mais, viagem uma vez por ano, amor eterno, um bicho de estimação, outro curso superior, aulas extras como culinária ou música, mais horas livres, e tantas outras coisas. Mas quem garante que com tudo isso esse estado de leve melancolia passará?
Quantos dias, meses ou até anos você não dá um vôo por aí? Enche os pulmões de ar e fica planando pela cidade admirando as pessoas, os prédios, o mar que cisma em chamar sua atenção com o barulho das ondas e você nem dá a menor atenção?
Andar é tão mais fácil. Você traça metas e as segue. Nem é preciso fazer igual Maria e João que deixam migalhas de pão pelo caminho, você já o conhece de cor. Que triste tudo isso, não? Pelo menos para mim é. Sabe uma sensação de ser um robô? Alguém pega o controle e o aponta para você. E você obedece. E assim mais um dia se foi.
Precisamos de mudanças? Precisamos...mas quem tenta desatar os nós? Lembra que na festa de fim de ano você prometeu que tudo seria diferente? Brindou com os amigos, e além deles tinha a lua como testemunha e pouca coisa mudou. né? Esse ano para mim não teve lua, a chuva substituiu a lua como testemunha mas todos nós sabemos que água não volta, será que por isso o ano anda tão estranho? Tudo escorrendo pelos nossos dedos?
Os livros de filosofia nos pedem para viver o presente. Como isso é difícil. Cada dia percebo que fui programado para viver o futuro. E no presente fica essa leve melancolia com minutos de euforia que logo passa. Mania de futuro é para pessoas que gostam de controlar tudo, e infelizmente sou assim.
Se fizer uma lista de coisas que faltam provavelmente seria igual a sua: apartamento num bairro legal, emprego que pague mais, viagem uma vez por ano, amor eterno, um bicho de estimação, outro curso superior, aulas extras como culinária ou música, mais horas livres, e tantas outras coisas. Mas quem garante que com tudo isso esse estado de leve melancolia passará?
Eu entendo perfeitamente essa história de viver no presente mas para por em prática eu juro que não consigo. Sempre achei péssimo pessoas que dizem: "viva dia após dia" e ainda mais quando trata-se de relacionamentos. Me soa tão "olha, hoje ta ótimo, mas amanhã sei la". E será que deve ser assim mesmo? Se é para ser assim então me explica uma coisa? Como você poderá "descansar suas asas" em algum lugar? Você pisaria descalço no gramado daquele (a) quetêm esse papo de "viva dia após dia", ou o ainda mais moderninho "curta o momento"? Prezo muito pelos meus pés e certamente não pisaria nem de meias. De sapatos talvez umas duas, três vezes para ver se todo aquele discurso é verídico.
O Paulinho da Viola segue a música dizendo que "o vôo não cansa, nem se acaba" e todos nós concordamos com ele. Ainda bem que nossas asas sempre vencem a brisa fria que insiste em nos visitar dia após dia.
Música do dia: Mais alguém - Roberta Sá
Não sei se é certo pra você
Mas por aqui já deu pra ver
Mesmo espalhados ao redor
Meus passos seguem um rumo só
E num hotel lá no Japão
Vi o amor vencer o tédio
Por isso a hora é de vibrar
Mais um romance tem remédio
Não deixe idéia de não ou talvez
Que talvez atrapalha
Não deixe idéia de não ou talvez
Que talvez atrapalha
O amor é um descanso
Quando a gente quer ir lá
Não há perigo no mundo
Que te impeça de chegar
Caminhando sem receio
Vou brincar no seu jardim
De virada desço o queixo
E rio amarelo
Não deixe idéia de não ou talvez
Que talvez atrapalha
Não deixe idéia de não ou talvez
Que talvez atrapalha
Que talvez atrapalha
Não deixe idéia de não ou talvez
Que talvez atrapalha