Esses dias todos andei pensando em amores que foram e em outros sentimentos que poderiam ter se transformados em amor. Mas como no outro dia eu tava dizendo que não sabia definir o que era amor então fico na dúvida se o que pensei esses dias era mesmo amor ou se era a tal carência que ronda meus dias. Eu tava lendo essa semana uma matéria bacana sobre carência que comparava a ida a ao mercado com fome com a busca de amor. A fome seria ruim, logo a carência também seria ruim. Quando a gente compra com fome a gente compra coisa desnecessária, empolga-se muuito e no amor é a mesmíssima coisa né? carentes "compramos" o que nos parecer agradável, mas nem sempre precisamos de pessoas agradáveis. Com fome eu me descontrolo e fico irritado, nervoso. Carente eu fico vulnerável, eu fico simpático por algum tempo pra tentar trazer pra perto de mim o tal alimento que me fará sentir melhor. E às vezes o alimento, ops o amor tava meio passado ou então tava tão bom que eu quis repetir mas não rolou! Buaaaaa é....os alimentos, ops os amores também fogem da gente. E aí vem aquela velha pergunta:
a) fugiu pq nao era pra ser?
b) o destino se intrometeu e nao deixou!
c) falei o que não devia
d) era uma filha da puta mesmo e nem ia dar certo (o cara puto da vida e desgostoso pensando)
e) era a porra toda acima e mais um pouco!
Essa semana teve feriado no Rio de São Jorge ( pois é, de São Jorge!! um hipi hipi hurra para todos os feriados!!) e em plena segunda-feira então aproveitei pra ir pra Sampa visitar uma amiga. E a ida até lá foi pra por meu amor em prática. Amor de amigo, amor de irmão, amor de um bonito companheirismo, de espera pós shows, de alegria de poder tomar uma limonada no Rockets, na diversão de ver o amigo querer comprar chiclete na máquina que põe R$ 0,50 e fica la com ele vendo o chiclete de forma oval cair pelo longo caminho da máquina, de tirar fotos imitando os três macacos surdo, cego e mudo rir e tentar fazer a foto imitando a porra da campanha tosca "play" da Vivo.
Quando estava lá na cia deles e sem nenhuma perspectiva de amor carnal, eu vi que eu era eu, simplesmente tava sendo eu mesmo. Rindo, falando bobagens, lamentando com um amigo quando alguém falava mal da Fernanda Young, ouvindo cd de uma banda louca que nunca compraríamos pra ouvir e batendo altos papos na madrugada paulistana. Por que essa mania de querer agradar os outros? Eu as vezes me pego fazendo isso e me dou umas broncas! Por que a gente meio q se perde da gente quando ficamos empolgados com esses relacionamentos?
Só sei que consigo evitar fazer compras com fome, preciso aprender agora a evitar procurar amor quando estiver carente e o mais dificíl é identificar tal estado.
música do dia: Olha - Chico Buarque cantando!
Olha você tem todas as coisas
Que um dia eu sonhei prá mim
A cabeça cheia de problemas
Não me importo, eu gosto mesmo assim
Tem os olhos cheios de esperança
De uma cor que mais ninguém possui
Me traz meu passado e as lembranças
Coisas que eu quis ser e não fui
Olha você vive tão distante
Muito além do que eu posso ter
E eu que sempre fui tão inconstante
Te juro, meu amor, agora é prá valer
Olha, vem comigo aonde eu for
Seja minha amante, meu amor
Vem seguir comigo o meu caminho
E viver a vida só de amor