
O ano começou e minha primeira semana de 2009 foi dar uma passada na Saraiva do Ouvidor para ver algumas novidades e não tinha quase nada. Será que eu já tinha olhado tudo ou início do ano é assim mesmo: roupas branquinhas (esse ano rolou menos branco) que sobraram das festas de fim de ano, comidas de natal recicladas, livros que ficaram encalhados com maior destaque nas prateleiras e aquela propaganda enorme com a palavra OFF em vermelho. De OFF mesmo só aquelas coisas que ninguém quer comprar: uma agenda gorda com zíper e calculadora que acende no escuro, um guarda-chuva que parece um estojo escolar, batas brancas com detalhes de toalha de mesa, camisetas “feliz 2009”, camisetas “Madonna – eu fui”, cd da escola de samba com a globeleza na capa, cd da novela que está acabando e mais um monte bugi. Mas a minha ida a Saraiva resultou na compra de “mentes perigosas: o psicopata mora ao lado” da psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva. O livro fala obviamente sobre psicopatas e como identificá-los. Até agora achei a narração repetitiva e com muitos clichês como “são vampiros que sugam sua energia”, mas ainda assim me interesso pelo tema e avanço curioso no livro. Sou fã de Dexter e sua forma de fazer justiça com as próprias mãos e adoro o subtítulo do livro: a mão esquerda de Deus. Quando a gente lê essas notícias macabras nos jornais não dá mesmo vontade de chamar um Dexter para ir lá dar um jeito nisso tudo? Eu sou radical e acho que deveria ter a lei da reciprocidade para esses sacanas que matam, estupram, violentam, roubam, trapaceiam. É totalmente injusta a forma como esse bando é tratado. Matam, tem direito a defesa, direitos e mais direitos e o que morreu faz o que? Fica lá no céu, no inferno, no umbral, no limbo, na terra vagando, na puta que o pariu sem a possibilidade de poder ir de novo à praia, de poder abraçar seus amigos, de poder ter o direito de viver. Pena de morte seria pouco. Coisa interessante que a psiquiatra diz no livro é que esses psicopatas se aproveitam da nossa bondade e se isso é sabido por que temos que dar outra chance para um menor de rua de 14 anos que mata a vontade por aí? Vítima da sociedade é desculpa mais perfeita que já inventaram para livrar as pessoas de suas responsabilidades. Aliás, essa palavra hoje está em desuso. O favelado não tem responsabilidade civil, o menor infrator não tem responsabilidade por seus atos, os teens que resolveram brincar de médico não têm responsabilidade por seus filhos e assim vamos formando uma nova e bizarra sociedade. A coisa está tão descontrolada que o próprio Estado assumiu isso no ano novo. Estava caminhando com amigos em Copa quando visualizamos no outdoor um mapa da praia apontando os pontos que tinha menores infratores. Parece piada, né?
O mais assustador desse livro é que diferente dos menores infratores que são facilmente identificável nas ruas, esses psicopatas estão mais perto de nós do que pensamos. Um tempo atrás eu li outro livro sobre crimes cometidos por eles e o que assustava era que a maioria era pessoas bem nascidas, brancas, bonitas, bom nível cultural, ou seja, totalmente ao contrário do que pensamos. Os exemplos que a médica apresenta também nos tira do conforto, pois são histórias que acharíamos triste, mas chegaríamos à conclusão de que a pessoa era imprestável, acomodada e ainda que ela tivesse sob efeito de drogas ou coisa parecida, mas nunca que se trata de um psicopata. A autora pede que comecemos a ler as páginas policiais com outros olhos. Pensar na falta de consciência: “A consciência é um senso de responsabilidade e generosidade baseado em vínculos emocionais, de extrema nobreza, com outras criaturas (animais, seres humanos) ou até mesmo com a humanidade e o universo como um todo”. É familiar para você? Eu fiquei pensando um bom tempo em amigos, ex amigos, conhecidos de conhecidos e até em mim mesmo se por acaso eu apresentava essa e outras características em minha personalidade, mas não vi nada que pudesse enquadrar ninguém.
O cinema consegue reproduzir muito bem a vida desses psicopatas. Jordi Batet e Rafael Dalmau selecionaram os 50 psicopatas mais famosos do cinema e resultou em um livro que trás Hannibal Lecter, de O Silêncio dos Inocentes; Norman Bates, de Psicose; Mickey e Mallory, o casal de Assassinos por Natureza; Alex, de Laranja Mecânica, Jack Torrance, de O Iluminado e John Doe, de Seven. Ficou faltando a ex cantora sertaneja Flora da novela da Globo. A personagem trás várias características apresentadas no livro: sensação de ser injustiçada o tempo todo, não mede esforços para conseguir o que quer, não sente arrependimento de nada e mais um monte de coisas, mas que é muito bom ver a Flora ensaiando para cantar “beijinho doce” por isso a homenagem da foto do “cd” que aliás a Madonna copiou, deixa a Flora saber disso...
O mais assustador desse livro é que diferente dos menores infratores que são facilmente identificável nas ruas, esses psicopatas estão mais perto de nós do que pensamos. Um tempo atrás eu li outro livro sobre crimes cometidos por eles e o que assustava era que a maioria era pessoas bem nascidas, brancas, bonitas, bom nível cultural, ou seja, totalmente ao contrário do que pensamos. Os exemplos que a médica apresenta também nos tira do conforto, pois são histórias que acharíamos triste, mas chegaríamos à conclusão de que a pessoa era imprestável, acomodada e ainda que ela tivesse sob efeito de drogas ou coisa parecida, mas nunca que se trata de um psicopata. A autora pede que comecemos a ler as páginas policiais com outros olhos. Pensar na falta de consciência: “A consciência é um senso de responsabilidade e generosidade baseado em vínculos emocionais, de extrema nobreza, com outras criaturas (animais, seres humanos) ou até mesmo com a humanidade e o universo como um todo”. É familiar para você? Eu fiquei pensando um bom tempo em amigos, ex amigos, conhecidos de conhecidos e até em mim mesmo se por acaso eu apresentava essa e outras características em minha personalidade, mas não vi nada que pudesse enquadrar ninguém.
O cinema consegue reproduzir muito bem a vida desses psicopatas. Jordi Batet e Rafael Dalmau selecionaram os 50 psicopatas mais famosos do cinema e resultou em um livro que trás Hannibal Lecter, de O Silêncio dos Inocentes; Norman Bates, de Psicose; Mickey e Mallory, o casal de Assassinos por Natureza; Alex, de Laranja Mecânica, Jack Torrance, de O Iluminado e John Doe, de Seven. Ficou faltando a ex cantora sertaneja Flora da novela da Globo. A personagem trás várias características apresentadas no livro: sensação de ser injustiçada o tempo todo, não mede esforços para conseguir o que quer, não sente arrependimento de nada e mais um monte de coisas, mas que é muito bom ver a Flora ensaiando para cantar “beijinho doce” por isso a homenagem da foto do “cd” que aliás a Madonna copiou, deixa a Flora saber disso...