Monday, September 20, 2010

"Batidas na porta da frente... é o tempo"

O tempo de espera para algumas coisas nao deveria ser no máximo aquele tempo em que esperamos o pão de forma saltar da torradeira? Ás vezes, dependendo da ansiedade íamos querer um tempo mais curto ainda. Ou não. Tem momentos que desejo que as respostas cheguem naquele tempo que leva para uma gota cair do alto do guarda-chuva até o chão. Uma criança carrega esse guarda-chuva.

To pensando quantas vezes desejei tudo diferente. Quantas vezes quis parar e zerar tudo e recomeçar do zero. E tudo diferente eu nao seria quem eu sou. Seria uma pessoa melhor ou pior? Seria uma pessoa que deixaria a ansiedade guardada na caixa de pandora. E ia tentar entender que o tempo de espera é relativo e pessoal. Tentar entender que enquanto eu me irrito outra pessoa dança na chuva e nem se da conta de que há outra pessoa a sua espera. Algumas vezes eu mesmo danço. E a culpa é da chuva que distrai?

Hoje eu queria que as esperas não durassem nada. Não haveria tempo mínimo. Nao haveria espera. Nem chuvas pra distrair. As gotas cairiam instaneamente. Seria estranho nao ter intervalo entre um pingo e outro. Mas seria assim mesmo. Depois eu ia querer a espera de volta.

Amanhã eu ficaria sentado na varanda pensando quanto tempo deveria durar a aceleração de um coração apaixonado. Quanto tempo deveria durar uma lata de coca-cola gelada no verão do Rio de Janeiro. Quanto tempo deveria ter de engarrafamento quando eu quisesse dormir mais um pouco. Quanto tempo deveria...