Tuesday, September 21, 2010

" A seta e o Alvo"

Estou no escuro do quarto ouvindo a musica da minha vida. Eu digo isso por que eu sempre me ofereci inteiro a vida. Viver pela metade nunca me interessou. Sei la que ano e em qual o momento o Moska a escreveu mas certamente foi num daqueles momentos em que ele estava andando de bicicleta e resolveu parar na Lagoa. Desceu e observou algumas pessoas admirando o por do sol e outras cobrindo os olhos para que nao fossem incomodadas.

“A seta e o alvo” é isso. É quando você para e percebe que há olhares em direções opostas. Olhar seria a tradução mais sutil dessas oposições. Na verdade há uma largada de pistas paralelas numa dessas corrida de formula 1 e como se lá no meio da corrida cada uma das pistas seguissem caminhos opostos. Na verdade desde a largada eram opostos mas como estão saindo do mesmo ponto de partida há uma sensação de serem iguais. Ilusão de ótica. Numa corrida normal a chegada seria o ponto de partida. Aqui se houver chegada de um lado haverá neblina e do outro sol ou uma chuva de granizo.

Há os que vão arriscar e correr todos os riscos. Há os que vão pisando no freio até o fim e quando chegam nem mais o cara que dá a bandeirada estará por lá. Há os que travam no ponto de partida, inventam problema no motor e descem do carro ali mesmo...

“...eu grito por liberdade,

Você deixa a porta se fechar

Eu quero saber a verdade

E você se preocupa em não se machucar

Eu corro todos os riscos

Voce diz que não tem mais vontade

Eu me ofereço inteiro

E você se satisfaz com metade...”

Viva o Moska!