Sunday, September 26, 2010

Silencio, por favor

Talvez escrever hoje nao fosse o correto. Talvez o corrreto fosse sair gritando pela praia. Correr no calçadão até as pernas ficarem bambas e o coração ficar cansado pulsando de forma agressiva querendo saltar do peito.

Talvez olhar o Rio do outro lado da baía funcionasse como um calmante. Mesmo num dia nublado tentar achar o Cristo e fazer dezenas de perguntas. Mesmo se fosse um dia ensolarado as respostas nao chegariam. São misterios. A vida coloca pessoas em nossas vidas de uma forma inusitada e depois faz o que com isso? O pior não é saber que eles vão. O pior é o tempo entre a chegada e a partida. É ali que troca-se vontade, sonhos e desejos. E tudo é permitido. E logo tudo vai embora. Tragedia natural?

Semanas de ouvir Candeia... de cantar bem baixinho ali depois do Mac:” Deixe-me ir, preciso andar, vou por aí a procurar, rir pra não chorar. Se alguém por mim perguntar diga que eu só vou voltar quando eu me encontrar...quando eu me encontrar..." intercalando tudo com Paulinho da Viola: "silencio, por favor. Enquanto esqueço um pouco a dor, do peito. Nao diga nada sobre os meus defeitos, eu nao lembro mais quem me deixou assim. Hoje eu quero apenas, uma pausa de mil compassos, para ver as meninas e nada mais nos braços..."

Queria andar de montanha russa agora. E gritar bem alto: destino, para de me sacanear.